sexta-feira, 6 de agosto de 2010

SUICIDA

Ismália, enlouquecida em torre alta

Não fazes idéia que o belo luar

Está nos olhos dos que sentem falta

Desses olhos que só querem o mar.


Julieta, apaixonada e desvairada

Transformou a vida com veneno

Fez do amor, tudo, sua morada

Esquecendo daquilo que é sereno.


O personagem está é na vida

No peito, forte, que arranca

As lágrimas que escorrem na ferida


Levadas pela maré, na espuma branca.

Gera tristeza incompreensível o suicida,

Como na poesia de Florbela Espanca.


(edvaldo pereira dos campos netto)

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