Ismália, enlouquecida em torre alta
Não fazes idéia que o belo luar
Está nos olhos dos que sentem falta
Desses olhos que só querem o mar.
Julieta, apaixonada e desvairada
Transformou a vida com veneno
Fez do amor, tudo, sua morada
Esquecendo daquilo que é sereno.
O personagem está é na vida
No peito, forte, que arranca
As lágrimas que escorrem na ferida
Levadas pela maré, na espuma branca.
Gera tristeza incompreensível o suicida,
Como na poesia de Florbela Espanca.
(edvaldo pereira dos campos netto)
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