quarta-feira, 25 de agosto de 2010

PARA CIBELE OLIVEIRA



Olho dentro de mim e conjuro
Rompo aliança, perjuro.
Olho o céu,
Busco Estrela,
Lua,
sentimento puro;
 - Já não há!

Vê-se apenas no escuro.
O passado me foi duro,
O presente inseguro.


“O  hoje é apenas um furo no futuro
Por onde o passado começa a jorrar”.

Eu, cá, obscuro,
Não sei se pulo (voaaaaar)
Ou se continuo em cima desse muro.


(citação da música Banquete de Lixo, composição de Raul Seixas; em: A Panela do Diabo, cantada com Marcelo Nova).

3 comentários:

  1. Um dia o muro ficará para trás.
    Todos temos que ir para algum lugar.
    Eu escreverei o último poema,
    Arremessarei para o outro lado.
    Então será tarde demais...

    Quando eu estiver longe
    Meu amor,
    Deixa-me em paz,
    Pois este será o último muro entre nós.
    Só não passe por cima daquele papel amassado,
    Deitado entre as pedras.
    Não o esqueça no calor de um feriado.
    Leve-o consigo nos braços.
    E depois de olhar as estrelas,
    Leia o pequeno poema,
    Onde confesso que te amei em silêncio
    Durante a vida inteira.

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  2. Obrigada pelo poema!

    Os poemas têm linguagens secretas! Ao ler este que me dedica, me senti sentada ao teu lado, na beira do abismo... falando de nossos poemas enquanto o vento leva nossas palavras para outros mundos e outros poetas...

    bjs

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  3. Ou voaaaaando...

    Tomara que você nunca desça desse muro; seria triste que este silêncio chegasse um dia.

    grato pelas palavras.

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