Insuportável calmaria
Na rua onde moro.
Cães ladram aos ladrões
Uivos noturnos avisam o perigo
- que ronda – ao longe.
Diuturnamente crianças
Gritam, correm, choram
Na rua onde eu moro.
(Deus abençoe todas as criancinhas
que brincam de ferir).
Na sua rota
Os aviões passam de não sei onde
- e passam...
Na rua onde eu moro
é tamanha a calmaria!
Calmo... deste silêncio que cala!!!
Seus passos, todavia,
Não andam na rua onde vivo.
E o silêncio jaz em paz
Na rua onde eu moro.
(Dedicado à memória do imortalizado poeta Mário Quintana, que formou meu gosto literário, ainda na infância. Na fotografia, o local que sempre sonhava conhecer, e conheci: o Memorial Mário Quintana, em Porto Alegre).
MINHA RUA - Sem a menor dúvida um belíssimo Poema. Como gaúcho, admirador da obra poética de MÁRIO QUINTANA, fico orgulhoso e feliz quando vejo manifestações de carinho, admiração e apreço de grandes poetas como você pelo nosso Menestrel Maior. Obrigado por me permitir estar aqui, tendo o prazer desta bela leitura.
ResponderExcluirGrande abraço.