quinta-feira, 19 de agosto de 2010

MINHA RUA





Insuportável calmaria
Na rua onde moro.
Cães ladram aos ladrões
Uivos noturnos avisam o perigo
- que ronda – ao longe.
Diuturnamente crianças
Gritam, correm, choram
Na rua onde eu moro.
 (Deus abençoe todas as criancinhas
 que brincam de ferir).
Na sua rota
Os aviões passam de não sei onde
 - e passam...
Na rua onde eu moro
é tamanha a calmaria!
Calmo... deste silêncio que cala!!!
Seus passos, todavia,
Não andam na rua onde vivo.
E o silêncio jaz em paz
Na rua onde eu moro.

(Dedicado à memória do imortalizado poeta Mário Quintana, que formou meu gosto literário, ainda na infância. Na fotografia, o local que sempre sonhava conhecer, e conheci: o Memorial Mário Quintana, em Porto Alegre).

Um comentário:

  1. MINHA RUA - Sem a menor dúvida um belíssimo Poema. Como gaúcho, admirador da obra poética de MÁRIO QUINTANA, fico orgulhoso e feliz quando vejo manifestações de carinho, admiração e apreço de grandes poetas como você pelo nosso Menestrel Maior. Obrigado por me permitir estar aqui, tendo o prazer desta bela leitura.

    Grande abraço.

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