O silêncio do seu digitar
Dói em mim como o apertar na ferida
É-me certeira dedada no olho.
Seu digitar tem um tec, tec, toc, tec
Que não me toca
- Virtual figura interplanetária!
Toque em mim
E tecle sonoramente minh’alma .
Toc, toc, toc...
- cantará o coração!
Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio... Este impoluível silêncio em que escrevo e em que tu me lês.
ResponderExcluirMário Quintana