quinta-feira, 16 de abril de 2015

EU POEMA



Corri dos fatos
Lancei letras ao ar
Rimas em palavras mortas
Dei vida ao papel
À frieza das bordas
Fui tinta, sou tinta, serei tinta
A palavra
– essa camaleoa contumaz –
Renascida em mim
Por mim mesmo
Deu forma a esta alma furtiva
Eu era, agora
Escrito na folha seca
O poema.


Imagem: http://www.algumapoesia.com.br/poesia3/autumn-leaves-park-bench2.jpg