quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ESTRANHO AMOR

Estranha frase, mas

Não lhe quero por completo.

Não desejo como almejam os possessivos.

Quero assim, simples, puro,

Sem interesses.

Quero amar na forma essencial

Sem motivo, sem finalidade.

Amo-lhe desta forma,

Sem você, sem presença,

Sem toque.

No coração tão somente,

No meu delirante e utópico sentimento.

2 comentários:

  1. Você não sabe que durmo em teus braços,
    E nem teus braços sabem dos meus abraços.
    Ignora meus beijos,
    Todos que já te dei
    Quando meus lábios se abriram para te dizer “oi”.
    Foram tantos poemas...
    Dos quais te recitei de olhos fechados.
    Foram tantas estrelas...
    Que te mostrei de olhos abertos.
    Constelações inteiras e planetas.
    Marte, Vênus e mais alguns versos.
    Quando te apontei a Lua
    Você nem desconfiou
    Que assim como ela é da noite,
    Eu sou tua.

    Escuta.
    Todas essas vozes veladas
    Entre você e eu.
    Elas dizem meu segredo.
    -Eu te amo...
    Tão silenciosamente amo
    Que nem mesmo posso ouvir.
    Como então te dizer?
    Nesse silêncio alheio permaneço por anos.
    Tenho tanto medo da vela que queimará
    Tendo esse conhecimento.
    Fogo fátuo
    A incendiário mortal,
    E mesmo que os poetas insistam que todo amor é fatal,
    Quero que esse fique apenas entre nós.
    Ou mesmo, me deixe te amar
    Sem o seu consentimento.
    Deixe-me te amar em sonhos.
    Apenas deixe a porta aberta.
    Eu entrarei, meu bem
    Sempre.

    Cibele Oliveira

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