O sol não nasceu nesta manhã. Não havia sequer se posto
ontem, quando crepúsculo não houve, quando a escuridão não veio, e as trevas mantiveram
razoável distância de nós.
Os pássaros não se recolheram e cantaram sinfonias nos fios
de luz frente à minha janela. Algumas nuvens eram a sua pele e passaram no
zimbório terreno de um lado ao outro (algumas chegavam a tomar formas aqui
inenarráveis, face à presença de sorridentes crianças).
Assim, atônito, vejo e revejo que o sorriso não me sai do
rosto, como confirmo o fenômeno de que o dia de ontem jamais sairá da minha
vida.
...
Escrito em 30/01/2012
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