Sou a Galáxia escondida na íris dos meus olhos, o pensamento
que anda vagando, a saudade dos ausentes, dos que não foram, não vão. Sou o mar
que cobre as praias rasas, que arrasta lembranças engarrafadas e descarrega sentimentos
na praia.
Sou o tempo! Não tenho horas para ir, nem para voltar.
Cada pulsar dos meus braços marca um segundo que não me tem,
cambaleante ponteiro em forma de punhal. O esquecimento cavalga no mesmo
sentido, mas não me toca, quando quer ser já fui novamente; e continuo sendo...
Depois? Não há! O futuro e o passado se fundem em mim. Minha
presença está no movimento dos buracos negros, na dilatação do Universo, na
qual o tempo é nada. E de nadas a vida segue, infinitamente.Imagem: http://rlv.zcache.com.br/arco_iris_da_galaxia_relogio-r49f20972a442434cb4226e32595eaa24_fup1s_8byvr_324.jpg
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