Preciso beber mais dessa lágrima
Sentir seu coração descompassado
Apertando o estômago sem lástima
No cálice de lamúrias do passado.
O murchar desta rosa ao seu lado
Em que os espinhos lhe encravam
Dão o gosto do sangue derramado
Prantos daqueles que se amavam.
Não me ame, que eu não mereço
Nem imagine um poema grafado
Em muros, folhas, ou luas, amada
Pois só dor e pranto lhe ofereço
– e isso, sim, me coloca inspirado –
Para ser minha musa, meu nada.
Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL31ESuZvIWUWmpCyNtF-iTyPlzUgFc6Hrxmu_Kt-yz6aFAsmmACXctT0rqSjyzh6MU-5tN5C1wAbZP2fEUTKix8GckhxQ8Oxmr4F7-4_eStssIO92jJ_LJdSiChj3VGlVDHKft0fLB3rE/s1600/lagrima1.jpg
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