O urrar dos ventos avisa sorte má ou boa
No despentear dos cabelos à dita futura
Cantar incerto de anjo que no ouvido soa
Avisando sempre de possível má agrura.
Lançada é a sorte a todos os vários cantos
E o carecedor de merecimento a procura
Em vão, conquanto que vive em prantos,
Culpando aos céus da sua própria tortura.
Ao otimista e caridoso os ventos avivam
As velas como diesel ardendo em fartura
No motor bravo, forte, pulsante ativam
As forças universais, os éteres da candura
Para a melhor sorte. Doutro lado derivam
Os barcos sem comando rumo à negrura.
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