sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

POEMA-DEPENDENTE II

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Poema, ladrão de alma benevolente
Que carrega consigo a força interior
Do seu devoto súdito dependente
Que posta rimas de classe inferior.

Delinquente das palavras e das letras
Devolva-me a vida que tinha outrora
Quando só sonhava com os etcéteras
E as reticências não cruzavam a aurora.

Tempos bons os idos fora da poesia
Quando para mim o mar era só água
Que expirava na praia e a maresia

Era apenas vento! Não essa fantasia
Criada no limbo escuro sem trégua
De versos metrificados em demasia.

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