quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

PAI


Eu nem me sentia à vontade
Ao seu lado, quando antes,
Quando na minha mocidade
Via só com os olhos infantes.

Era tão tolo, e não percebia
A presença desse seu amor
Que de tão doce até escorria
Nesses olhos já de senhor.

Suas lágrimas e seus gestos
Vieram, pois, até este peito
Criaram raízes que manifesto
Agora, pai, o meu respeito.

E eu à vontade permaneço
Ao seu lado todo o instante
Nesse colo me amanheço
Não cresço e quedo infante.

--X--X--X--

Um comentário:

  1. Lendo isso tive um aperto no coração, e senti aquela saudade do meu velho, sempre fui sentimentalista com essas coisas de família.
    Adorei o que você escreveu pra mim, muito obrigada mesmo!

    um beijo

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