quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ANSIEDADE (por Gustavo Soares)


Me maltrata,
Me fere e me preocupa.
Quase mata,
Não espera e me ocupa.

Ocupa a mente e a desgraça.
Nunca mente e nem disfarça.

Me joga na cara o futuro,
De modo que posso tocá-lo.
Me deixa o coração inseguro
E frente a impotência me calo.

Ah, como é tosca a nossa razão
Humilhada diante do tempo!

Ah, como é besta esse nosso coração
Que se prende acelerado a um momento!

Ah, Deus!
Que consideração!
Por que nos deu essa terrível mania
De sofrer por antecipação?

(GUSTAVO – STU – SOARES)

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