segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

RESTOS




Borboletas que pelo ventre voam
Colorem a paz de uma vida gerada
Ruflam asas, que soam e ressoam
Entranha oca, vã, agora aerada.

Mortos insetos pelo balão levados
Ao céu que entregará as carcaças
Desses seres imóveis e entrevados
A treva lhes buscará como à caça.

Mágoas de uma bela e linda criança
Restos das linhas antes desenhadas
Tinta do amor outrora grafadas

Para sempre lhe serão a herança
Traços de lembranças amaldiçoadas
Linhas que nunca serão apagadas.

2 comentários:

  1. "E deixa a sua vida na ferida que ela própria fez" Virgílio

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  2. RESTOS + INDUÇÃO DE IMAGEM = RESPEITOS

    http://letras.terra.com.br/kid-abelha/21134/

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