terça-feira, 9 de novembro de 2010

TEMPESTADE


Fuzilam anjos revoltos no céu
A tempestade fecha o clima
Acende a silueta do mausoléu
Da pouca luz que vem de cima.

Deus, trêmulo, irado e colérico
Impõe seu domínio sobre o Ser
Criado da sua imagem esotérico
Ditando quão imenso seu poder.

Inundado e sombrio o cemitério
Torna-se de aspecto pavoroso
Guardando o que jazia mistério

Os segredos do Ser tão penoso.
Para esse Ser resta o Ministério
A nós mais um triste dia chuvoso.

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