Vi o amor
No mesmo dia que me bateu a catástrofe
Big ben do meu ser.
Vi o amor
Montado no lombo de um cavalo, em trote
Cela da minha sustentação.
Vi o amor
No barulho da cerra que derrubava a araucária
Espinho que me mantém acordado.
Vi o amor
Na face da jovem viciada grávida de oito meses
Parto da minha renascença.
Vi o amor
No esforço do idoso ao subir as escadarias
Degraus da minha salvação.
Vi o amor
Enfim, em tudo o que há neste mundo
Pois o mundo é todo amor.
Que doce água para um flamingo se banhar...
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