terça-feira, 9 de novembro de 2010

BOCA


Assim correndo como louca
Busca a essência de lábios
Quer ser ela a minha boca
Acha terá palavra dos sábios.

Desvairada dilacera a carne
Dessa pele macia, tenra, fina
Procura ter pra si o charme
Saltitante, faceira, desatina.

Doida de todo tipo e gênero
Boca quer, jura querer ser
Nem seja momento efêmero

Algum pescoço quer morder
Quem sabe dar beijo sincero
Aprazer de saliva, quão prazer.

2 comentários:

  1. Bem sabia que vc andava enriquecendo urânio aí... Eis as suas bombas atômicas, quer devastar meu país, uhummmmmmmmmm rsrsrsrsrs. Ahmadinejad das palavras hihihihi
    Não se esforce tanto, guarde-se para outras batalhas, terá outras com outros países também em guerra. Guarde suas armas bélicas, poeta! Meu país já está completamente minado, dizimado, não há mais nada de interessante para vc destruir aqui. Até os Estados Unidos foi mais piedoso com o Iraque. Não jogue bombas em desertos, não desperdice suas bombas poéticas nucleares.
    Não vou te retribuir com meus mísseis, estou hasteando essa bandeira de trapos que representa a paz, ao longe no meu navio que está afundando...

    Adio

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  2. O tambor em compasso ritmado
    Medo, horror
    O pânico toma conta do soldado.
    E o tambor em marcha
    Fúnebre momento que lhe aguarda a alma
    (vaga lembrança de algumas notas e do melancólico fim de Mozart)
    O corpo perfurado
    Aos pés da ponte do Rio Kuei
    Os helicópteros
    Grandes libélulas verdes
    Entoando Wagner e a sua Cavalgada das Valquírias
    O Soldado, ferido,
    Jura ouvir Engenheiros do Hawaii
    Lembra-se de John Lennon morto na porta de sua casa
    Naquele dia chuvoso
    Mas não sabe ele que
    O som dos tambores não representam o fim
    Mas o início de uma nova era
    Quando as trombetas lhe soam deliciosamente
    E o som apresenta-se aprazível
    Deleitável Bolero de Ravel.

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