Ataque esses olhos que vigiam
Secam minha úmida face
Fere, mate os que agiam
Contra mim – e me abrace!
Dê-me a amizade mais pura
A sua força interior, a dor
Que sente e a muito dura
Neste olho triste, sem amor.
Esfole todo inimigo meu
E defenda-me do mau anjo
Traga de volta o mar e o céu
Tornando-se meu arcanjo.
Depois, saciado e vingado
Cuspo os cacos do que sobrou
Na cruz o seu corpo pregado
Ateio fogo em si, que me vigiou.