sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

SAUDADE II



Falta-me qualquer lembrança
De um amor que não foi meu
Nasceu e cresceu em esperança
De poder recordar do que sofreu.

Fidelidade ao amor puríssimo
Foi-lhe fruto do íntimo, instinto
Do natural estado, limpíssimo
Latente como sente, como sinto.

Recordações talvez de outra vida
Quando nas almas ficou gravado
Desde o início, desde a partida

Desde o que é bom ou é maldade
Por isso tenho sempre perguntado
Donde vêm tais lágrimas de saudade?

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