sexta-feira, 30 de setembro de 2011

NOTURNO


Acabei de me perceber assim, anoitecendo; a noite vem brusca, avermelhando a face envergonhada, para então, escurecer todos os pensamentos e, quando intensa, fazer-se verdadeiro aquilo que não se pode ver.
Estranho, entrementes, é saber-se lua e estrela, mesmo quando nublado. E nas vezes que se é tempestade noturna, que se é raio, luz, estrondo e medo (tudo ao mesmo tempo)?
Relâmpago? Reluzente com a rapidez de se sentir (fração de milésimo de segundo) do outro lado do dia; tão rápido que nem sei como foi que percebi que num momento eu era verso, no outro: inverso!

Um comentário:

  1. lindo..
    gosto das coisas que voce escreve, mas esse é muito profundo...
    parabéns!

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