quarta-feira, 31 de agosto de 2011

NÓDOAS DO PASSADO


As manchas que o tempo não apaga
São como trincas no diamante duro
A fome que o copo d´água não afaga
A moeda que no meio tem um furo.

Tinta espessa, que está sempre fresca
Sempre úmida, como aberta a ferida
Que sangra e sacia a sede vampiresca
Do remorso e da sua faceta homicida.

Uma tatuagem para sempre no rosto
Delatando que a batalha é perdida
E a vergonha se impõe, contragosto,

Eternamente, para o resto da sua vida.
Faça o que fizer seu borrão será exposto.
Corra, grite! Não tem jeito, não há saída!


...
Foto: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEkKDk59N5kJbnkEwD0i-PgtukC08NhXip2T8xUg8H4OYLjwL7fV9WJOdjZ36Ep6o6lXjOZY5wVb4BksGVGC5LmFN15B4rYq-ddJotlxIoAfVWmIPZOMlT8CKYLZCEqMBNDsnf0UDm3AuN/s400/Remorso-I.jpg

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