terça-feira, 28 de setembro de 2010

ÁS DE ESPADAS

Ah, teimosia! Sujeito tenaz!
Nada conclui com nitidez
Ardiloso argumento, falaz
Não é tabuleiro de xadrez.

O que reza me é ineficaz
Quando impõe sua robustez
Em mim me é fugido, fugaz
Não me adapto à sordidez.

Reconheço que é sagaz
Jogador forte em solidez
Inteligente, rápido e capaz
Mas a mim com escassez.

Acintoso, indivíduo audaz
Impõe-se sem polidez
Apenas por ser contumaz,
Aproveita da minha timidez.

Mas empunho a espada vivaz
E derrotado sou outra vez
Quando sou Rei você é Ás
Círculo vicioso, eterno freguês.

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