Deixou-me
seca a garganta
Marrenta
falta de talento
Quando
jaz já o verbo infinitivo
Perdido,
vagando, rumo ao infinito...
Poeta
sem filho e sem lar
Saltimbanco
de temas esfarrapados
Tornei-me
mendigo de mim mesmo
De
versos submersos em poças d’água.
Parei
ainda na página oito
Em
nó de número, cãibra de faringe
Para
ver de longe o abandono
Das
palavras que nunca foram minhas.
Ébrio,
acenei de longe, ao além
Sem
resposta, entretanto!
A
palavra já era muda, surda
E
completamente desprovida de educação.
Dias
ingratos de inglórias
Quando
a caneta me falta o fôlego
Como
nadar e morrer na praia
Como
morrer na beira da página...
...no
precipício do fim da linha.
...
Até para falar que lhe falta "inspiração" você é inspirado...
ResponderExcluirahh como eu sinto falta do tempo em que uma folha voava ao vento e já me brotava um texto na mente...
gosto de escrever, mas perdi isso em algum lugar!
seu blog é muito bom, sempre venho aqui... muitas vezes em silêncio, por não ter mesmo nada a dizer.
http://lapsosdeumamentebipolar.blogspot.com.br/2012/04/desistir.html
Marcela, querida, será que não é pelo fato de que você focava seus textos sempre na mesma ideia?
ResponderExcluirObrigado por voltar aqui neste deserto de palavras.