Expresso minhas palavras por palavras que não me vêm. Quiçá
viessem sinais de compreensão, ou, quem sabe, um aceno com a cabeça?
Expresso minha máxima solidariedade aos carteiros, que não
mais são esperados com a ansiedade das crianças em dia de natal. Um botão de
curtir ou a tecla de enviar é quem frustra, gera a aflição, pela falta (ou não)
de comunicação. E sofremos por meio de ondas eletromagnéticas.
Expresso meus pêsames aos saudosistas e àqueles como eu, que
faz já mais de dez anos que aguarda por uma carta (selada, registrada e em mão
própria) que contenha meu indulto, meu perdão; o documento firmado de próprio
punho, com pingo de lágrima e assinado pelo coração.
Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1BtcHirtmu2RAQsdK6WWVZECzQXqY8a2alNpRYnhM1EoCvljiBUF7D9Hf5A8Exz-qGFop0R8yhkkDjxCRtTCC2W2AZ973MvxJUeazLzI_8tJuCzn9ycoPdUm8h3MNP120pTpgpZqkxTg/s1600/044_correio03.jpg
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