Todos são, em verdade, poetas,
Mas, veja, nunca o assumem!
É como esconder suas facetas
Em tantas formas de nuvens.
Admitir um sentimento sublime
Face aos gracejos do preconceito?
Rá! Diga lá aquele que assume
Ser pai do verso, de tê-lo feito...
E as nuvens vão alterando a forma
E os versos engavetados quedam
Eternizados na folha que lhes adorna
Forma única para sempre enredam.
Mas e daí? Ser poema de gaveta!
Não ter pai, nome e assinatura?
As nuvens se desfiam feito careta
E vão tomando sua forma futura.
Os poetas de nuvens seguem
O caminho das formas diversas
Nos versos em que se neguem
A si, ao texto, na nuvem dispersa...
XXX...XXX
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