quinta-feira, 31 de março de 2011

POETA XI

Fosse eu um poeta extraordinário
Já teria saído pelado e pulando
Teria eu imposto a todos glossário
Dos meus cantares aí poetando.

Ah, sim! Fosse um poeta de verdade
(a própria verdade); teria de fato
Identidade e certidão à insanidade
Poeta legítimo, de sangue, nato!

Fosse louco, excêntrico, ou só
Um simples e modesto escritor
Na sua simplicidade de dar dó

Barba por fazer , num bar, a compor
Com uma rosa na lapela do paletó
Teria o mundo a encher de amor.


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