quarta-feira, 6 de outubro de 2010

POETA II


Médium-vidente
Receptor da beleza interplanetária
Os versos, a prosa, os cânticos
E toda a musicalidade celestial soam em seu ouvido
Poeta,
Para-raio receptador
Antena cosmonauta
Parabólica das leis universais
Sopros de dor, sentimento, amor e pânico
Depressão e ansiedade
Tudo depura seu decodificador.
Seus dedos, sua língua, seu veneno, seu chicote.
Munido é pelo dom invisível de estar bem e mal ao mesmo tempo
Mas,
Por mais simples que seja,
Nunca deixará de arrancar uma lágrima.

(edvaldo pereira dos campos neto).

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