terça-feira, 20 de julho de 2010

LUAZINHA ENVERGONHADA

Adoecida de desejo ávido

A luazinha oculta solícita

Contundente vontade ilícita

Asilada em seu tom pálido.

Cintilante vê-se a centelha

Do alto iluminando a rua.

Envergonha-se a bela lua

Por isso nasce vermelha.

Embaraço de tudo e de si

Acanhada, solta-se e sorri

Quando oculta pelas nuvens

E não é mirada pelos homens

Põe-se linda, fresca, reluzente

Pois no fundo está contente.


(edvaldo pereira dos campos netto)

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