Impressiona a frieza da quietude
Ódio e repugnância com sentido
Sentida contra minha débil virtude
Aniquilando-me deveras esmorecido.
O silêncio do gesto me é o que fere
E atormenta o coração a muito aflito
Castigado, morto, que prefere
Quedar inerte só no que é escrito.
De ti sequer vêm escritos, versos,
Transformando sonhador em poeta
Transformando esta dor em culpa.
Trancado em mim mesmo converso
Com minh’alma; e publico na vinheta
Súplica de perdão, pedido de desculpa.
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