terça-feira, 5 de maio de 2015

DICOTOMIA HUMANA



É um assombro,
Um sopro
O calafrio na espinha
- deliciosa sensação de aperto estomacal!

É esse não sei o que, que falta em mim.
Vazio preenchido com nada
Uma inspiração muito especial
Revertida em branco, não poder versar.

No fim,
Formigas, minhocas e larvas
Comprazem-se no que nos resta
As traças lentamente decompõem a obra.

Seria assim, não fosse essa Vida
- como poema em livro de receitas -
Que insiste em ocupar os espaços.


Imagem: < http://imagens.ndig.com.br/psicologia/tunel_proximo_morte.jpg>

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Amor,
    A Noite guarda a tristeza dos separados amantes
    Como um baú secreto de ocultas dolências,
    Abaixo do mesmo céu imenso de estrelas,
    Em que vives.
    Em meu pensamento noturno e frio,
    O que fazes
    Aqui dentro parado, sentado e sozinho,
    O que pensas?
    Doce melancolia indene
    Que neste momento desenha o caminho
    Em forma de poema.
    Cada lágrima que por ti derramo
    É para mim um diamante,
    Não o possuo,
    Mas o procuro,
    Obsessivamente procuro.
    Venusto amor meu,
    Alicias-me em ausência.
    Tudo que amas eu também amo,
    Sei.
    A literatura me conta cada sentimento teu.
    Vetusto amor meu,
    Olho à Lua lá no céu
    Por nuvem coberta,
    Se ela minha fosse,
    Trocaria pela descoberta
    Do Teu nome.
    Poderia te encontrar com um beijo
    Mas longo é o caminho para nosso beijo.
    Tu me perdoas por te amar em silêncio,
    Fazendo-te minha tulpa
    E não encontrar o nosso ensejo?
    Quando penso em ti, me observas.
    Sorrio muda
    Longe, longe...
    Bem longe dos teus belos olhos verdes
    Pois
    Há uma dor que não quero que sintas nunca
    Seria também minha mágoa mais profunda.
    Como escreveu nosso Pablo Neruda:
    “Para que nada nos separe que nada nos una.”

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    Respostas
    1. Sou nada e nem ninguém para o perdão
      Dar ou sentir. Mas sou tudo para permitir
      Ama quando e onde quiserdes, a mim, aos astros
      Tenha no luar, sinta na música
      Fica a vontade, entra, a casa é tua
      Teu nome está grafado na retina
      – olhos fechados que continuam a vê-la –
      E para sempre estarás nas páginas que escreves
      Minha mágoa é não saber “Por que precipitaste teu fogo doloroso,
      de repente,
      entre as folhas frias do meu caminho?”.

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