segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

QUANDO O PERDÃO SE PERDEU NO VENTO


Eu nunca mais busquei seu rosto no ar
Crente ter sido levado com o vento
Ou por ter sido rude, pois rude fui
No turbilhão de palavras que voaram.

E não busquei um pensamento calmo
Quando tudo eram trevas e medo
E eu pensava ter sido deformado
Pelo interminável temporal de insetos.

Talvez pensasse que você viesse no vento
(erguidas e rijas as velas da sua coragem)
E pétalas de flores docemente plainassem

E o bálsamo do perdão se fizesse no ar.
Eu não imaginei, eu tive medo, errei
Por não ter gritado aos ventos: - desculpe!

...

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