quarta-feira, 23 de novembro de 2011

EVANGELHO NO LAR


Raios de luz e alegria dissipados
Da corrente de fé, paz e de amor
União desses corpos aninhados
Acolhidos em prece ao Senhor.

Energia irradiada por toda a casa
Pelos cômodos, pelo ar, pela gente
Da beneficência que voa sem asa
Uníssonos no amor que se sente.

Havendo afeto e a força da união
Em comum interesse de melhora
Da íntima reforma que revigora

Cachoeiras de luz lhes banharão
Irradiando deste feliz lar a fora
Invadindo cada mente e coração.

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

AOS SUICIDAS, MÓRBIDOS E AFINS


Puxe fundo o ar aos pulmões
Nadando rumo ao afogamento
Mergulhando de altos aviões
Esfacelando-se no pavimento.

Respire o ar das áreas densas
Com a brânquia que não há
Breu de energias muito tensas
Abaixo da última entupida pá.

Garganta apertada, dado o nó
Faltar-lhe-á forças para o gole
Desejará o macio, o fofo e mole

Trago de alegria - e não o pó!
Verá como a terra lhe engole
E o verme bruto não tem dó!


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imagem: http://www.cabuloso.xpg.com.br/portal/images/galleries/19909/80903.jpg

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

POEMA: DO PÓ AO PÓ

Escrevi poemas para quase tudo
(bucolismo intrínseco e acirrado)
Versei as matas, aves, fui agudo
Tratei dos céus e do meu passado.

Formei versos de rima metrificada
Para nuvens, lua e um namorado
Quieto, amuado, à lágrima atuada
Caída levemente em meu versado.

Escrevi para isso e o outro aquele
Às revoadas de seres lindos e alados
Saídos do papel, ou grafados na pele

Doei a dor ao papel (nos dois lados)
E sorri magnanimamente para ele.
Hoje somos ácaros em resmas, fardos...


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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

DA EVOLUÇÃO DOS MUNDOS



Vão-se os anos dos sorrisos fáceis
Em rostos tão afáveis e dóceis
Que por nada estavam prontos
A mostrar os dentes e outros fósseis.

O sorriso será apenas daquele
Que a verdade nos lábios trouxer
E que tenha o canto de mil pássaros
E só a beleza da pureza nele couber.

Montado em magnífico alazão
Virá Deus, à frente de tantos anjos,
Decretando (ao som das cornetas)
Sobre risos, alegrias, e o som dos banjos:

- “Música e felicidade só ao merecedor
E nesta Terra não será mais permitido
Haver sorriso sem sincero sentimento
Nem dentes a quem não tiver evoluído”.


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imagem: http://www.comoves.unam.mx/articulos/80_mundos/mundos2.jpg